Primavera Zombie

Não, não é o milagre de Fátima de 1917

Pensei que nunca viveria uma cena de Apocalipse Zombie até este sábado no festival Primavera Sound.

A chuva caía, tola mas sem tréguas, e metade da população já estava ensopada até ao osso.

Curiosamente, os hipsters não são à prova de água e como tal foi necessário recorrer aos impermeáveis que lá andavam a distribuir. Tantas horas a preparar o “altfit” perfeito para conseguir aquele look de “estou-me a cagar para o meu look” para, contas feitas, estarem todos vestidos de preservativos gigantes, a gingar pela relva e pela lama. Todos diferentes mas todos iguais.

A Optimus tinha milhares de gabardinas impermeáveis para distribuir gratuitamente. Boa ideia, operadora móvel prevenida vale por duas.

Como deveria ter sido? Uma pessoa não retardada diria que poderiam ter distribuído os impermeáveis em mão, à entrada do recinto. Ou que deveriam ter criado uma banca onde uma fila ordeira seria servida.

A realidade? Funcionários do evento a pavonearem-se pelo recinto a distribuir… toalhas de piquenique… agora sim posso chafurdar na lama em conforto.

Mais tarde, esses mesmos funcionários atirariam impermeáveis ao público como quem atira amendoins a macacos.

Ri-te, ri-te. Quando quiseres uma gabardina e os zombies vierem, vais chorar.

O resultado? Dezenas de pessoas a atacar funcionários que surgiam ocasionalmente com gabardinas para distribuir e centenas a tentar galgar a vedação do curral VIP onde aconteceu o maior espectáculo de tiro-ao-cliente da historia dos impermeáveis transparentes. E se a organização esteve mal, o público não esteve melhor: autênticos zombies com fome de carne humana… impermeável.

Os seguranças entraram em acção para fazerem o que melhor fazem, nada, e as pessoas, que pagaram bastante para ali estar, foram insultadas e continuaram ensopadas, à chuva. O cavalheirismo e o bom senso haviam abandonado por completo o recinto (devem ter seguido viagem com os Death Cab For Cutie ou perdido o avião para cá, como o James Ferraro).

Algures no meio dos espezinhamentos, cotoveladas e lama, uma inglesa gritava “we’re not fucking animals”.

Tens a certeza?

Pessoal a reciclar copos de plástico para fazer gabardinas para os amigos, que entretanto morreriam de hipotermia com a palavra “optimus” nos lábios.

GOOGLE TRANSLATES:
I thought I would never live to se a Zombie Apocalypse scene until this Saturday at thePrimavera Sound festival.
The rain fell relentlessly silly, and half the population was already soaked to the bone.
Interestingly enough, hipsters are not waterproof and as such it was necessary to refer toraincoats that went there to distribute.
All those hours preparing “altfit” to get that perfect look of “I’m shitting me for my” look for,all things considered, they were all dressed as giant condoms, to sway the grass and mud.
All different but all equal.

Optimus had thousands of waterproof raincoats to give away. Good idea, prevented the mobile operator is worth two.
As should have been? A retarded person does not say who might have given themimpervious to hand, into the enclosure. Or they should have created a bank where anorderly queue would be served.

The reality? Officials of the event to shoot raincoats as though I shot peanuts to monkeys.The result? Dozens of people attacking officials who came occasionally to distribute raincoats and hundreds trying to climb the fence of the corral where it happened VIP’s largest show of shot-to-customer history of waterproof transparent.

The security guards at work and people who paid to be there as well, were insulted and kept soaked in the rain.

Somewhere in the middle of the stampede, elbows and mud, an English woman shouted “we’re not fucking animals.”

Are you sure?

47 opiniões sobre “Primavera Zombie

  1. Bruto. Não foi assim tão mau…

    A organização não controla o estado do tempo. Se fossem espertinhos levavam gabardines de casa e galochas, que o Instituto Português de Meteorologia bem avisou que isto podia acontecer.

    Grave foi os Death Cab For Cutie cancelarem, fuck them. E o palco Club estar todo inundado na zona central, fuck Optimus. Isso sim, é coisa que a organização devia ter previsto.

    Ver concertos à chuva parece-me normal, ver concertos numa tenda inundada parece-me uma brincadeira de mau gosto.

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  2. Se leres com atenção vês que não estou a criticar o estado do tempo, mas a forma como lidaram com a distribuição dos impermeáveis.

    É claro que a organização não tem de fornecer impermeáveis (eu levei o meu de casa) mas quem decidiu que deviam ser distribuídos daquela forma, também podia ter decidido fazer as coisas de outras forma, correta e mais tradicional. É a tal cena que estou sempre a dizer, se custa o mesmo fazer bem em vez de mal, para quê fazer mal?

    E se leres ainda melhor, percebes também que não estou a apontar o dedo só à organização. O comportamento das pessoas também foi lamentável.

    Em suma: ou havia gabardinas para todos, ou não havia para ninguém.

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  3. Posso escrever com humor, mas não minto. Vi o que descrevo no artigo, sem exageros. Excepto na legenda da última imagem. Não garanto que tenham sido aquelas as últimas palavras dos defuntos 😉

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  4. “O resultado? Dezenas de pessoas a atacar funcionários que surgiam ocasionalmente com gabardinas para distribuir e centenas a tentar galgar a vedação do curral VIP onde aconteceu o maior espectáculo de tiro-ao-cliente da historia dos impermeáveis transparentes. E se a organização esteve mal, o público não esteve melhor: zombies com fome de carne humana.”

    correcção: não éramos funcionários, mas sim voluntários!
    já agora, sim, quando estou a ser atacada por zoombies com fome de impermeáveis, pavonear-me é a actividade que mais gosto de fazer.

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  5. 1º não são funcionários, são VOLUNTÁRIOS, que estão ali única e exclusivamente para ajudar na realização do festival.
    E não, não levamos os copinhos para casa para reciclar, apanhamos para VOS oferecer um espaço mais limpo e em condições, sem sermos pagos ou formados para isso, porque o público gosta de não se preocupar com o espaço que não é deles e, com certeza, deves ter sido um dos que deitou qualquer coisinha para o chão, não?

    Para terminar (porque gosto muito de ler artigos sem conteúdo verdadeiro – isto de se mandar postas sem conhecimento de causa é fodido), a forma como as capas foram distribuidas foi pelo simples facto de não haver civilização pela parte do público, que tal como tu referiste, pareciam zombies atrás de carne, e devido a essas mesmas atitudes, houve VOLUNTÁRIOS que levaram quase porrada (e houve quem se magoasse a sério) para que o povo tivesse algo gratuito para levar para casa.
    A chuva estava prevista à uma semana atrás, a culpa não há-de ser de mais ninguém snão deles próprios.

    já agora, “altfit” não existe, existe OUTfit. Mas é só um a parte.

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  6. Voluntária 2

    É pena ver os Portugueses com mentalidades tão mesquinhas e comezinhas, em Glastonbury que chove o festival todo, as pessoas não se queixam da má organização por não controlarem o tempo, aproveitam os factos para se divertirem. Eu levei as minhas galochas de casa, o mesmo que qualquer português que não queria ficar ensopadinho devia ter feito, por caso não saibam existe um site da Metereologia que pode ser consultado gratuitamente, uma vez que o tempo tem revelado uma certa instabilidade. Se não são precavidos a culpa é única e exclusivamente vossa, pois se não sabem deviam saber, mas tal como em todos os restantes festivais os brindes são limitados e não para distribuir a TODOS os espectadores!!!

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  7. Não percebo o drama, que eu saiba os VOLUNTÁRIOS (é assim?) não fazem parte do processo de decisão, logo as minhas críticas obviamente não são direccionadas a quem lá esteve a trabalhar e a seguir ordens retardadas, mas sim a quem decidiu.

    Independentemente de ser voluntários, são funcionários voluntários, que não são pagos, mas não deixam de ser funcionários do evento.

    “altfit” está entre aspas por uma razão. Vou-te deixar adivinhar porque será. E isto não é um aparte.

    Quanto à legenda da última imagem… a sério? tipo… a sério?

    Um bocadinho de bom-humor traz mais felicidade 😉

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  8. Bem se vê que só foste no sábado realmente…
    Também não viste, na sexta-feira, público a correr, como cães atrás do osso, para tentar tirar aos VOLUNTÁRIOS aqueles saquinhos muito bonitos que continham a toalha de pic-nic dentro.
    Acho muito engraçado andar a criticar a forma como a distribuição dos impermeáveis acabou por ser feita sem sofreres na pele o que colegas meus sofreram. Se assististe ao comportamento deplorável do público, como dizes, terias dois dedos de testa para pensares que, se calhar, no lugar de quem tenta distribuir as tais capas para a chuva de forma ordeira e civilizada, acabarias por fazer exactamente o mesmo.

    Aliás, o teu texto sobre o festival mais parece que só tem um propósito: criticar organização e equipas que ajudaram à realização do mesmo.

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  9. É claro que quando se trata as pessoas como animais selvagens elas se vão comportar como selvagens. A partir do momento que as pessoas perceberam que não havia um critério de entrega, partiram para o “é cada um por si”.

    Não sei se reparaste, mas havia uma banca para distribuir os bilhetes de Domingo, para a Casa da Música e, surpresa das surpresas, as pessoas fizeram uma fila e comportaram-se de forma civilizada.

    O que achas que esteve na origem da diferença entre estes dois casos?

    De resto, remeto-te também para o 2º comentário, acima. 😉

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  10. Texto genial: a melhor descrição do que aconteceu “para lá dos concertos” até agora.

    Voluntários ou funcionários: a eterna questão que divide toda a humanidade. É admirável ser-se voluntário e é admirável vestir de tal modo a camisola (ou a gabardine, se conseguirem ter ficado com uma para recuerdo) como vestem os voluntários que de modo tão revoltado comentaram o texto.

    A verdade é que foi feio o que aconteceu com os impermeáveis. O que raio passou pela cabeça da organização pensar que seria uma ideia fantástica atirar impermeáveis a quem já tinha os ossos encharcados? É verdade que se os tinham, foi porque não se precaveram devidamente. Mas não seria muito difícil chegar à conclusão de que o resultado de os oferecer e de atirar “como amendoins a macaquinhos” não seria brilhante. Até porque, ao fazê-lo, colocou em risco, a integridade física dos VOLUNTÁRIOS que por lá andavam.

    Oferecer à entrada? Obrigar o pessoal a fazer uma fila num determinado quiosque? Quem sabe, até, colocá-los à venda? Naaa…

    Para a próxima, em vez de atirarem impermeáveis para o pessoal, atirem um para o palco principal, que bem precisou.

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  11. Em Glastonbury não andam a atirar às pessoas brindes importantes para a saúde das pessoas. Não existem filas de horas para se levantarem bilhetes. Os palcos não metem água e a principal banda não cancela por incompetência da organização.

    E mesmo que tudo isso acontece-se não era desculpa para acontecer cá. Mentalidade mesquinha é fazer comentários anónimos e estar sempre a comparar Portugal aos outros. A incompetência não tem justificação possível.

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  12. Ahahahah

    Gabardines não é com eles.

    Eles percebem é sobre como trazer cá bandas fixes. E aparentemente também sabem bem como é que hão-de mandá-las embora sem que elas toquem…

    Ah! E fazer zonas VIP. Aquilo é que era um curral bonito 🙂

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  13. Mas pergunto-me, esta gente foi ao festival para ouvir boa música e desfrutar do ambiente festivaleiro envolvente, ou para receber os brindes?!

    Não sei se percebeu, mas as críticas relativamente a essa tal fila também existem (com alguma razão claro)…e agora novamente me questiono, as pessoas não sabem fazer mais nada do que criticar?? É este o mundo em que vivemos…

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  14. O problema não foi a organização não controlar o tempo. Foi saber o tempo que ia estar e não se preocupar em tornar possível o festival decorrer sem que houvesse o cancelamento de uma banda. Ou sem que o pessoal tivesse de comer à chuva com algumas das “barraquinhas” a ceder à chuva. Ou sem que a tenda Club estivesse inundada, com água quase a chegar a tudo o que era fios da mesa de som. Ou sem que para se oferecer gabardines tivesse que se colocar em causa a TUA segurança (voluntária) e a dos que pagaram para ali estar.

    Porquê comparar com outros festivais? Isso não perdoa falhas amadoras da organização deste festival.

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  15. DR, tenho a certeza que lá foram pelas mais diversas razões, mas nenhuma lá foi pela que é objecto deste post, de certeza.

    Quanto às criticas… sou o primeiro a admitir que existe um excesso de zelo, uma apetência pelo queixume, e a web é um meio facilitador disso. Mas há que ver o que é ou não digno de ser criticado. E aí as opiniões divergem. Daí ser bonito haver liberdade de expressão. 🙂

    Repara que tens a liberdade de fazer o teu comentário, que é também ele uma critica… 😉

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  16. Mas olha que a distribuição dos sacos com o pano de pic-nic até estava a ser feita de forma bastante ordeira e civilizada. Eu vi público a levantar-se e a tentar arrancar essas ditas sacas dos braços de quem fazia a distribuição de brindes, que os tentavam dar um a um, aliás. E quem diz dos sacos diz dos impermeáveis.

    Não digo que o comportamento do público seja justificação para a forma como acabou por ser feita a distribuição, mas também não acredito que a ideia tenha partido dos voluntários.

    Quanto aos bilhetes para a Casa da Música, não haveria muito mais a fazer senão ficar à espera e de forma civilizada. Era feito um controlo rigoroso, pelo que nunca seria feita uma distribuição como se de um brinde se tratasse.

    Quanto a classificares Death Cab ou James Ferraro como bandas cabeça-de-cartaz, aconselho-te a leres atentamente o press release que está no site oficial. Diz lá que a ideia do Optimus Primavera Sound passava por não querem considerar nenhuma banda como cabeça-de-cartaz em relação a qualquer outra, razão pela qual o cartaz também tem todos os nomes com o mesmo tamanho e em fila, ao contrário dos cartazes de festivais como Optimus Alive! e Rock in Rio.

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  17. Em primeiro lugar, os “funcionários” que andavam pelo evento a distribuir toalhas de pique nique, eram os voluntários que, perante a impotência que tinham em não poder passar por cima de ordens no sentido de não ser possível distribuir mais capas para a chuva, iam eles mesmos para debaixo de chuva tentar prover as pessoas de algo impermeável, como o era, no caso, o saco. Soubéssemos nós que estávamos a tentar o nosso melhor para sermos assim referenciados por pretensiosos como tu, talvez nos tivéssemos mantido quentinhos e secos à beira da tenda vip, e não terias este fabuloso material para escrever e “ensopar” com figuras de estilo.
    Quanto aos critérios para distribuição dos impermeáveis, as indicações que recebemos foram apenas e exclusivamente para que estes fossem distribuídos às pessoas que estivessem a ver os concertos – falha da organização, não nossa; como, no entanto, entretanto éramos atacados por zombies violentos, evidentemente que tentávamos fazer cumprir as ordens que havíamos recebido: sem sucesso, não só alguns de nós acabaram magoados como ainda acabámos a receber destas reviews. É por isso que fazer alguma coisa pelos outros sem receber nada em troca neste país, com “críticos” como tu, é moda que nunca vai pegar.

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  18. Sabes que, comentar sem ler o texto e os comentários primeiro não é muito inteligente?

    Se o lesses tinhas percebido que é a organização que é criticada, como é ÓBVIO. Não sei onde é que vocês foram buscar a ideia de que eu tenho alguma coisa contra os desgraçados que lá andaram a bulir à borla. Lá está, não lêem o texto e depois vêm trolar.

    Recomendo também a leitura do 2º comentário, acima. Abraço

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  19. Li tudo, (in)felizmente. Inclusive a implícita altivez em que continuas a embeber cada uma das palavras de retaliação infundada que nos diriges. Portanto, a não ser que vás criticar os meus níveis de alfabetização sugiro, humildemente, no mínimo uma retratação. Obrigada.

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  20. ó para colmatar as opiniões dos meus caros colegas voluntários e agora amigos, vou pronunciar-me aqui com a minha opinião também:

    1. Sim, é voluntário que se chama, não precisas de escrever em maiúsculas para as pessoas verem bem, porque o nome que se atribui à função é, de facto, irrelevante, desde que se saiba o seu significado no evento em causa. Tendo isto em conta, é lastimável que hajam pessoas a aplicar as suas réstias de bom humor que tu dizes serem necessárias, a dizer que nós andamos durante horas a apanhar copos do chão para fazermos “capinhas impermeáveis” para os nossos amigos. Se queres ter sentido de humor, brinca com o facto de as pessoas andarem com as toalhas às costas por exemplo, isso sim tem piada para qualquer pessoa, seja isso um emprego, um voluntariado ou uma brincadeira.

    2. Eu fui voluntário durante os 3 dias do festival no Parque da Cidade, apanhei chuva na quinta-feira durante o pouco tempo que choveu e no sábado durante as muitas horas que choveu. A diferença é que eu fui voluntário durante os 3 dias e quando a primeira pessoa me perguntou, na quinta-feira e não no sábado, onde estavam a distribuir as “capinhas impermeáveis”, a minha atitude não foi andar com ela vestida a dizer para procurar os “funcionários do evento a pavonearem-se pelo recinto a distribuir”, mas sim dar-lhe a minha capa no preciso momento e ter um obrigado educado de resposta.

    3. Quem sai de casa tem televisão ou internet na véspera e no dia do festival, quem está fora de casa teve televisão e internet para ver a previsão do tempo antes de vir para o Porto. Quem tem dinheiro para comprar um bilhete de €100 para um festival de 3 dias (ou, no teu caso e de muitas outras pessoas, poderá ter sido apenas um bilhete de €50 para sábado, tendo em vista que criticas todo um festival com base em 12 horas máximas que passaste dentro do recinto), também terá com 100% de certeza um casaco impermeável ou uma gabardine no seu armário que provavelmente faria jeito em vez de saíres de casa a pensar que queres ir “fashion” para estar bem nas fotografias com os teus amigos com a camisola da Lion of Porches a ver-se por cima. Com isto quero eu vangloriar as muitas pessoas que passaram pela “fila de horas que era necessária para trocar bilhetes por pulseiras” e que passaram por mim com um desses acessórios de vestuário vestidos e não precisam de vir criticar depois que a fundação não deu impermeáveis a toda a gente ou não tinha sequer para toda a gente. Como se diz há muitos anos em Portugal, no meu pelo menos, provavelmente no teu não: homem prevenido vale por dois.

    4. Não deves ter muita experiência em festivais, ou então tens um blogue para dizer mal de pessoas que trabalham enquanto outras ficam a gozar sentadas na relva por verem pessoas a apanhar copos durante os intervalos entre concertos, quando se podiam levantar para andar 10 ou 20 metros, levantar a tampa de um contentor e deitar um copo de plástico lá para dentro. Quando um dia fores ao Rock In Rio e estiver a chover em condições durante 10 horas sem parar [e não com chuvinha durante as 5 horas (das 16h às 21h) que esteve a chover no Optimus Primavera Sound] e estiverem 74 mil pessoas à sua responsabilidade a levar com a chuva, se calhar és capaz de perder “um bocadinho de sentido de humor” porque também me parece impossível distribuir capas para essa quantidade de gente.

    5. Só para terminar, e para dar um bocadinho de uso ao sentido de humor que tu tanto prezas, “como quem atira amendoins a macacos” é uma metáfora um bocadinho mal construída. Primeiro, porque os amendoins atiram-se a elefantes e segundo porque os macacos gostam de bananas. Quando um dia tiveres princípios sociais para seres voluntário de um festival receber “ordens retardadas” se calhar é porque deixaste tu de ser retardado e aberto a novas experiências de forma a saber valorizar o trabalho de quem se esforça por fazer o máximo possível pelas pessoas.

    Melhores cumprimentos e continuação de bons festivais.

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  21. E só para que conste, não é trolar pelo facto de criticares quem lá trabalha. A partir do momento que criticas quem decide as coisas, criticas quem cumpre o que é decidido. Just in case.

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  22. Desculpa-me se não estou habituada a utilizações lisonjeiras do termo “pavonear”.

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  23. É com incontido orgulho que vejo o meu blog atingir hoje um novo record: o de quantidade de voluntários por pixel quadrado.

    Assim o artigo fica muito mais completo porque permite aos visitantes uma perspectiva muito mais abrangente dos acontecimentos.

    E é importante deixar cada leitor julgar por si.

    Obrigado a todos pelo precioso input da perspectiva da organização e também pelo input de quem lá foi como festivaleiro.

    Cheers

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  24. Loool ‘brindes importantes para a saúde das pessoas’, foi o comentário mais retardado que li. A Optimus não tem a obrigação de cuidar da tua saúde meu caro, isso é da tua inteira responsabilidade. Aliás as pessoas que por estarem longe do seu país foram apanhadas de surpresa pelo mau tempo (que acredito não ser o teu caso) dirigiram-se a estabelecimentos comerciais para precisamente salvaguardarem a sua saúde, não ficaram a aguardar que uma organização de uma concerto o fizessem por eles, só porque é gratuito e sim, esse tipo de comportamentos revela mesquinhez!!!
    Quanto às filas para os bilhetes, os espectadores estavam mais do que preparados para esse situação, uma vez que tal já é frequente em Barcelona, logo não é culpa da organização portuguesa, para quem tanto gosta de falar mal deste país em vez que fazerem algo por ele.
    O que agravou o tempo de espera nas filas foi o mau tempo, facto alheio à produção.
    Quanto aos palcos meterem água, meu caro acidentes acontecem seja em Portugal ou na Conchichina, devia era ser ressalvado o facto de a produção ter solucionado o problema, agora a má vontade em adiar o voo por parte das bandas não deve ser atribuída também à organização. Ou também queres culpar a organização por o James Ferraro não ter apanhado o avião para Portugal, não são bebés, têm um compromisso que o honrem, a isso chama-se RESPONSABILIDADE!
    Quanto a principal banda, claramente não era, porque mesmo não havendo cabeça de cartazes, as bandas principais são guardadas para o final e não para o hora de jantar! Se era a banda que querias ver, não deixes que factores de ordem emocional remetam para tamanha parcialidade de opinião!!!

    Comentários anónimos loool, estou claramente identificada como pertencente às pessoas de quem rejubilas ao criticar, identifiquei-me por e-mail, mas se o nome pelo qual fui baptizada faz diferença para ti, fica então a saber que esta voluntária responsável por manter a ordem na fila nos bilhetes para a Casa da Música, estando à chuva durante horas sem dali poder sair e quando o fez já tinha os dedos enrugados se chama
    Eva Pinheiro

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  25. Depois de ler o texto e os comentários, ainda não percebi onde é que está a ofensa aos voluntários. Eu até acho que o texto defende que a decisões só prejudicaram quem tentava ajudar as pessoas que precisavam de um abrigo. (a parte do pavonearem-se é a única que me parece exagerada, porque me pareceu que havia mais medo/receio do que vaidade, durante os ataques da multidão)

    Claro que as pessoas têm culpa… toda a gente sabia que ia estar a chover, e podia/devia ter levado algo que os protegesse da chuva. E como é evidente, a Optimus não tem o dever de dar capas impermeáveis a ninguém. Mas se o faz, que o faça com um mínimo de bom senso e dignidade. Porque aquilo a que se assistiu, foi uma tristeza de todo o tamanho!! Para quê aquele triste espetáculo de atirar as capas atrás de uma vedação, “como quem atira amendoins a macacos.” ?

    Gostava de perceber se os voluntários tão ofendidos acham mesmo que aquilo que foi feito foi a melhor solução. Ou se acham que efectivamente era melhor criar uma fila ordeira para distribuir os impermeáveis. Porque cumprir ordens não é sinónimo de concordar com elas, ao contrário do que alguém diz por aí, e se ninguém vos pode apontar o dedo por fazerem uma imbecilidade que não é da vossa responsabilidade, também vos podem ser acatadas culpas se acham que fizeram a distribuição da melhor maneira.

    Quanto ao cancelamento dos DCFC… não há NADA que justifique o amadorismo que se viu ali. Eu cheguei ao recinto antes das 17, tal como nos dias anteriores, e achei vergonhoso os The Right Ons tocarem a um canto, cheios de plásticos atrás e a chover em cima do baterista, e mais vergonhoso ainda, ver que durante aquelas horas todas ninguém fez nada para fechar o palco. Nem nas festas do senhor das carmelitas descalças de ribadela de baixo acontece uma estupidez daquelas!! Porque se as pessoas deviam ter levado casacos porque estava a chover, e há sites de meteorologia e essas coisas todas, se calhar a organização também podia ter percebido que estava a chover há horas, e sabia há muito tempo que estava prevista chuva…

    Para finalizar, dizer que no geral a organização esteve bem, o festival correu bem e os voluntários ajudaram imenso a que o parque se mantivesse limpo, a que as informações fossem úteis e a que todos tivessem direito a uns brindes simpáticos. Mas quando tiveram uma pequena contrariedade, não souberam reagir, ficaram completamente à toa e fizeram tudo tudo mal, e quem só lá foi sábado, e especialmente para ver death cab, ficou (justificadamente) com uma péssima impressão do festival!!

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  26. Festivaleiro a questão é mesmo essa, este post só foi feito para que fique registada uma situação que aconteceu, FACTO, não foi com sentido de ofender ninguém.

    “Gostava de perceber se os voluntários tão ofendidos acham mesmo que aquilo que foi feito foi a melhor solução.” Pois, isso é outra coisa que não entendo, mas pelos vistos a resposta deles é “Sim”.

    Quanto aos DCFC e aos James Ferraro… fui lá acima de tudo por essas 2 bandas e fiquei tão triste quando soube que as cancelaram (uma a seguir à outra)… nós ali à chuva em frente ao palco principal, não queria ir comer nem ver a bola com medo que o concerto começasse e depois, cancelado.

    Os músicos Americanos são sempre muito frios no que toca a organização e quando não corre bem, passa à frente.

    Acreditas que disse logo que havia esse risco mal entrei no recinto pelas 17:00 e vi que estava a chover no palco principal? Não se percebe como não fecharam o palco no dia anterior ou no próprio dia.

    Enfim, falhas acontecem, mas só tem o meu respeito aqueles que as sabem admitir com votos de melhorar. Aparentemente é algo que não vai acontecer aqui.

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  27. Foda-se, falas falas, mas criticas todas as opções de distribuição. É o que eu digo, gente que não sabe o que é espirito festivaleiro, fica em casa que fica muito bem, não há águia a escorrer pelas paredes, nem pés encharcados.

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  28. Com licença…

    Ponto 1- Fodido, fodido é existirem voluntários numa actividade 100% comercial e supostamente profissional, e achar que é bonito e nobre.
    Mas pronto, sem otários não se fazia muita festa. Ainda assim o voluntariado, não é desculpa para falta de inteligência e competência. Bom… neste caso específico, talvez seja.

    Ponto 2 – Fodido, fodido é escrever e conjugar mal o nosso massacrado português.

    Ponto 3 – Fodido fodido é não entender trocadilhos verbais como “altfit” em vez de Outfit.

    Ponto 4 – E também deve ser fodido ter um QI minado dessa maneira. Pronto, agora podes ir comprar um casaquinho de malha ou ir ver se saiu o IPAD 4… em alternativa podes tentar ir ler um livro da Assírio e Alvim, se quiseres mesmo arriscar tudo.

    Love All

    Rafa

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  29. O meu palpite: este post é contra-propaganda da TMN. Fica por saber se o Gonçalo a executa enquanto funcionário ou voluntário.

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  30. Já agora, uma sugestão para os voluntários fazerem chegar à organização: Para a próxima façam toalhas de pic-nic impermeáveis, assim é um 2 em 1, não há atropelos nem chatices e estão protegidos para o verão e para o inverno!

    Em vez de andarem a criticar-se uns aos outros, trabalhem mas é para arranjar soluções!

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  31. ri-me com o artigo mas depois ri-me ainda mais com isto “E nem me faças comentar o caso Death Cab e James Ferrar, que foram só a razão que me levou lá in the first place!”.

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  32. indeed. ir ao primavera por death cab ou james ferrero é, no mínimo, hilariante. em última estância, diz tudo sobre uma pessoa. foste pelo quê mais? the xx? wavves? “uso palavras caras e diversos floreados estilísticos no meu discurso para acharem que sou um gajo que sabe mas no fundo só ouço merda, <3."

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  33. Caro lol: Por favor continua a maravilhar-nos com a tua inteligência e classe. É que o nosso bobo da corte está de folga e dá-nos sempre jeito um atrasado mental. ❤

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  34. Er…onde é que está a crítica a todas as formas de distribuição? Se calhar escapou-te, como parece frequente nos comentários a este post, um momento qualquer de ironia.

    Ah! E não estou a criticar TODO o festival. Estou a criticar um momento do festival, que era claramente um desastre à espera de acontecer.

    Mas se espírito festivaleiro é gastar dinheiro para levar com gabardines na testa ou, no meu caso, ter de escorregar na lama, não para apanhar o que quer que seja, mas para não sofrer uma placagem de quem estava a correr para apanhar uma; se ter espírito festivaleiro é ter de aceitar o cancelamento da banda pela qual paguei para ir ao festival, porque não houve o bom senso de tapar o palco; se ter espírito festivaleiro é esperar e fazer muitas figas para que ninguém seja electrocutado na tenda CLUB porque a mesa de som estava inundada – então, de facto, não o tenho.

    Agora, que és educadinha, disso não me parece haver dúvidas 🙂

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  35. Há quem use palavras caras, há quem não saiba escrever português. Cada um com se contenta com o que pode 🙂

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